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Aug 1, 2008

Nice table

With all the moving and the necessity of buying new furniture in NY, I've been checking some websites and blogs related to interior design, how to save space and money and have a flat that will be cozy and comfy for us and our friends.

I have to say that I found really interesting ideas, kitchen layouts (not that I can really change that in a rented apartment in NYC), fluffy sofas and comfortable chairs. And obviously, I found things that amazed me by the creative mind behind them. Like this table.


*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Com toda a história da nossa mudança e também a busca por novas mobílias, eu tenho lido vários sites e blogs relacionados à decoração, como economizar espaço e dinheiro e ter um apartamento que tenha a nossa cara e seja agradável aos nossos amigos e visitas.

Nesse tempo descobri idéias muito legais, cozinhas lindas (não que eu realmente consiga fazer algo tão extraordinário numa cozinha de apartamento alugado em Nova York), sofás fofinhos e cadeiras confortáveis. E claro que no meio desse mundo design todo eu fui surpreendida pela criatividade de algumas pessoas e seus objetos. Como essa mesa.


Paint Or Die But Love Me by [John Nouanesing].

Jul 30, 2008

Our first fine 14 days before moving

Hoje eu estava estudando quando o telefone fixo de casa toca. Isso só pode ser 2 coisas: ou tem algum pacote de Fedex e adjacentes na porta ou querem me vender algum produto, assinatura de revista, cartão de crédito. Não era.

"Hi, this is ???, I'm a police officer from Stanford (...) your car is parked in a toll away zone (...)"

Eu sai correndo até o estacionamento, sem entender muito bem o que tinha acontecido, pois até hoje estou com o infeliz e-mail que recebemos dizendo que as obras aqui na frente de casa começariam no dia 1. Eu até já tinha planejado tudo, amanhã iria buscar o Felipe no aeroporto e deixaria o carro no estacionamento do vizinho. Droga.

Cheguei lá e tinha um bilhetinho amarelo no vidro - uma multa de $35. Bom, pelo menos só tem 2 digitos, né? Mas enfim, removido e carro e passada a revolta fui checar para ver se reconhecia mais algum carro amarelado.

E eis que vejo o carro da minha vizinha. Na hora, graças a nossa querida internet, eu a chamei num chat e falei "Voa pra cá". Ela me pediu para ficar ao lado do seu carro para ele não ser guinchado e eu fiquei lá.

Durante a espera, um policial veio na minha direção. Eu confesso, eu morro de medo de policiais. Parece que eles sempre estão tentando tirar algo de você, eles intimidam com uma respiradinha ao seu lado. Ele me perguntou se o carro era meu, disse que era de uma amiga e que ela estava voltando do trabalho, pois eu não tinha a chave.

Quando a minha vizinha chegou, ele perguntou se ela tinha feito Irvine University (viu na placa do carro) e queria saber como era, pois o filho dele estava indo para lá. Explicou que só tínhamos que pagar a multa - e aí eu me perguntei o que mais poderia acontecer! - e falou:

"Can you do me a favor? Buy her a lunch."

Assim?? Nenhuma bronca? Nenhum puxão de orelha??

Ela também achou muito estranho, pois muitos avisos diziam mesmo dia 1, mas por algum motivo o aviso bem na frente dos nossos carros dizia 30. Falou que ia reclamar, dizer que essa multa não era justa e blablabla. Hm... eu só vou mandar o cheque pelo correio mesmo.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Update pós conversa com um advogado livre do Bar:

Não vamos pagar. Conversando com alguns vizinhos, descobrimos mesmo que houve algum erro de comunicação entre as multas, a construtora e a administração de Stanford. Todos estão reclamando e contactando os respectivos responsáveis. Mais novidades num futuro próximo.

Jul 21, 2008

Vida Pública

Hoje ao abrir meu email vi uma mensagem do Orkut que uma antiga amiga minha teria me deixado um recado. Qual a minha surpresa ao abrir meu próprio orkut e ver que meu nome havia sido alterado para "Aah, Eu te amo" e que eu havia também me mudado para a Bolívia.

Cheguei a olhar a mensagem dessa minha amiga, e também ela não teria perdido os seus conhecimentos da gramática portuguesa e escrito o recado. Por coincidência, encontrei-a no msn e comentamos sobre o ocorrido. Eu entrei nos sistema de apoio aos usuários do orkut e informei que a minha conta havia sido invadida, seguido pela sua exclusão.

Ou seja, queridos leitores do blog, se vocês receberem uma mensagem no orkut, não sou eu.

E aí me deu aqueles 5 minutos de faniquito. Em que mundo a gente vive em que eu me privo de trocas de mensagens com as pessoas porque um desocupado resolveu se ocupar de algo tão infame como alterar as informações de desconhecidos? Ou conhecidos, será que ele lê meu blog? Xi...

Me bateu um sentimento muito ruim, pois por mais que falem mal do orkut, foi por ele que eu reencontrei uma amiga da pré-escola, era por ele que eu mandava os parabéns a distância e todos sabem que ele não é substituído por um e-mail. Mas enfim, superado o xilique, deletei e decidi tentar ser uma pessoa mais feliz me livrando de mais uma tarefa constante que era ler/deixar recados.

Mas aquilo ainda continuou me incomodando e a tarde recebi este [link], se você está com preguiça de ler, eu resumo. Como já não era tão incomum, o orkut tem certos probleminhas, como aparecerem 254 recados e na verdade não existir nenhum, mas esse foi além do limite, em que uma pessoa "ao se autenticar com seu nome de usuário e senha, a rede social do Google abria a interface de customização de outro usuário." Ou seja, claro, alguém se conectou com meu usuário e fez uma bagunça ali.

Logo depois de ter percebido a lambança, pedi para algumas amigas verificarem se haviam recebido mensagens minhas, mas todas me falaram mesmo que o orkut estava fora do ar. Eu adoro o Google, mas gente, tá na hora de fazer algo melhorzinho, né? Que tal um movimento "Por um orkut melhor, migrei para o [Facebook]"?

Jul 17, 2008

Ai, meus sais...

Ontem depois de publicarmos o novo blog, mandar mil emails sobre a nossa moving sale e também publicar anúncios no Craigslist, recebemos o seguinte e-mail:

"Hi there, just wonder if you sell any other items with the tv unit? I assume that your ad is only for the actual wooden unit, right?"

(Not a single "Thank you", by the way)

A resposta que eu queria dar:

"Sim, q-u-e-r-i-d-a, nós incluimos um iPod com músicas, um sistema de som bombástico para seu apartamento, para os dias que você dança na frente do espelho sozinha, pois uma pessoa assim realmente não pode ter tantos amigos, acho que eles não teriam muita paciência para ouvir suas abobrinhas. Também incluimos nos $65 o Scrabble para você exercitar um pouco mais o cérebro, que deve estar com teias de aranha. Tem também um PlayStation 2 sem jogos incluso, mas com dois cartões de memória - algo que definitivamente por aí não é muito explorado. E ainda bem que você não consegue compreender o que eu acabei de escrever. Por favor, tragam os meus sais (OMG)."

Confesso que eu tinha acabado de ler no blog [Demências a Parte] o post [Toma um Serenus], isso adicionado a minha falta de paciência matinal. Mas pelamordedeus, não?

E nossa resposta real:

"Yes, only the tv unit."

Afinal de contas, essa pessoa ainda pode me render $65 dólares. (Hunf!) O que a pindaíba não faz com a gente.

Jun 30, 2008

A porca da Paula

Esses blogs são que nem gripe: tem coisa que a gente vê e vai passando, copiando e fazendo. A [Lu] colocou no seu blog um post sobre um teste psicológico com base nos desenhos de um porquinho, que ela viu no [blog] da irmã. Quer saber mais? [Clique aqui] e desenhe você por um óinc óinc.
E aí, eu fui lá fazer o bendito porquinho. E, tirando qualquer falta de prática com o mouse, ele saiu assim:


E, claro, mandei para a Luciana, por msn. E o que ela me fala? "esse teste funciona muito! é a sua cara esse porquinho (no bom sentido!)". Que venham mais porquinhos por aí! Se alguém fizer, quero ver!

Jun 20, 2008

Emburramento Portuguesiano

Um dia estávamos com um grupo de amigos brasileiros conversando sobre o que acontece com a gente aqui. É um efeito que acho que atinge a todos que começam a morar em um lugar e a falar uma outra língua com freqüência. Quando você menos percebe, não fala mais bá-nã-na, mas sim bê-né-ná. Começa a usar palavras em inglês com o próprio marido, não por querer treinar, mas simplesmente porque é a primeira que vem a sua mente, a fim de evitar aquele momento "aaahn" pensando na tradução.

E essas coisas começam a se expandir. Com esses amigos, começamos a falar sobre o pagamento do rent, pontos de meeting na library, sobre o binder que precisamos comprar na bookstore, sobre o chicken do almoço, sobre os payments de bills e assim vai.

E aí, um deles me falou a seguinte teoria: "Acho que vamos acabar mudos. A gente não aprende o inglês no mesmo ritmo que perde o português."

As coisas foram piorando, até o dia em que eu falei para minha mãe:

"Nem os apresentei, eles se introduziram uns aos outros."

E não percebi o que tinha falado. Só quando minha mãe repetiu a frase hedionda eu me dei conta de onde estou chegando.

Aí, depois de uma dúvida sobre o spelling de uma palavra eu percebi que meu nível de ignorância em relação ao português começou a atingir níveis alarmantes e tomei uma providência: entrei no site do Submarino e comprei dois livros em português. Por incrível que pareça, gastei R$30 em livros e R$70 em shipping (ops, entrega), mas ainda saía mais barato do que usar a Amazon.

I hope it works.

May 19, 2008

back... in one piece

Voltamos. Depois de um fuso doido que fez com que saíssemos as 4pm do dia 19 de Tokyo e retornássemos às 9am do mesmo dia, chegamos. Olha, posso dizer que nosso vôo foi digno de United 93, um pesadelo. Vôo diurno, com cara esquisito ao lado que não levantou o vôo inteiro - como se aguenta 8h30 sem xixi? - aeromoças grossas e atrapalhadas, livro ruim, filme sem áudio, frango com curry (eu gosto de curry, mas aquiiiiilo, não) e batata murcha congelada de café da manhã.

Ufa, back to Palo Alto... e as fotos vem daqui a pouco!

May 16, 2008

O Japão por mim

Que o Japão é um país fantástico e sempre esteve na minha listinha sonhadora de viagens, nem precisava falar. Que eu sou a maníaca das recordações e estou preenchendo meu Moleskine com todos os lugares, cheiros, restaurantes e pontos turísticos, também duh, né? Ainda mais sabendo que já há pessoas que reservaram o Moleskine para um futuro próximo, meu espírito caça e guarda informações foi atiçado ainda mais.

Então resolvi dedicar esse post às coisas não tão óbvias, detalhando pontos que me marcaram depois de 1 semana:

- os japoneses podem ser muito educados, mas para aqueles que não entendem o que eles falam. Com a nossa cara de turistas (gaijins), algumas pessoas falam sem saber que eu posso entender que nosso óculos de sol é estranho, que meu quadril brasileiro é assutador e descaradamente se assustam com meus traços nipônicos. Isso sem contar as inúmeras ombradas que levei, predominantemente masculinas, confirmando ainda mais o traço machista desta cultura. Onde já se viu eu querer andar na frente dos homens engravatados, mesmo que eu estivesse ali esperando o trem há mais tempo?

- os japoneses também têm medo do sol. Hoje estávamos super felizes com um dia ensolarado, 25 graus, saimos sem blusas e guarda-chuvas. E eis que na rua vejo uma quantidade absurda de guarda-chuvinhas, a grande maioria pretos, perambulando por Kyoto. São guarda-chuvas, meias 7/8, luvas até os cotovelos e chapéus e mais chapéus gigantes! E somente turistas usam óculos de sol, regata e papetes.

- os japoneses têm um senso diferenciado sobre padrões de higiene. Não encontrei nenhum banheiro em pontos minimamente turísticos que tivesse sabonete. Sim, SABONETE. Papel para secar a mão então nem se fale. E o pior: há muitos banheiros com cabine "japanese style". O que é isso? Buraco no chão. E definitivamente a pontaria dessas japas estão longe de serem apuradas. Irgh, meu álcool virou o herói da viagem.

- os japoneses não tem senso de moda. Não sou cara de pau o suficiente para tirar fotos das pessoas, mas decorei a vestimenta de uma menina sentada no metrô. Começa com um tênis de estampas pink, roxo e creme, com uma meia rendada laranja curta. Vem uma fusô preta, até a altura da canela, estilo meia arrastão. Sobreposição com uma saia jeans furada, uma camisa até a metade da saia jeans cor verde, por baixo uma blusa com listras pretas e brancas, um colar dourado, uma pulseira de oncinhas, uma bolsa Louis Vutton com algo entre 5 e 8 Hello Kitty & Seus amigos, uma maquiagem pesadíssima, cílios postiços, sobrancelha pintada de marrom e cabelo desbotado. E isso não é alguém que se destacava, mas somente uma das tantas que vimos.

Se eu recomendaria a vinda pra cá? Com certeza, não existe nada igual no mundo! Esse país para mim tem gosto e cheiro de infância, contrastando com coisas que evoluiram muito desde a partida da minha avó ao Brasil. Me divirto em cada canto, em cada esquina, com os sorvetes de melão com gosto da bala verde, com os caldinhos de feijão japonês que eu comia quando era criança, com todas as casinhas de madeira no meio dos prédios e escritórios.

E venham logo, pois essas placas tectônicas não estão com jeito de querer que esse lugar tão único continue no globo por muito tempo.

May 3, 2008

Cobranças indevidas

Tudo começou com o pedágio. Será que eu já escrevi aqui sobre ele? Bom, se vocês não sabem, um dia eu estava voltando de Berkeley sozinha e me dei conta que não tinha nem meio penny (penny = 1¢) na minha carteira. Descobri que o outro lugar fora a feira que não aceita cartão de crédito é o pedágio e perguntei o que eu poderia fazer.

"Não se preocupe, eu anoto sua placa e eles te mandam a conta do pedágio para a sua casa"

Umas semanas depois, chega uma conta de $4 dólares do pedágio e $25 de multa por violação da cancela do "sem parar" californiano. Ah, não, o que é isso?? Eu liguei para eles, com os devidos números de protocolo, placa de carro e etc, e me instruiram a mandar um formulário preenchido, uma carta explicando o meu lado e um cheque de $4 dólares, pois eu tinha que provar que eu queria pagar o pedágio, só não a multa. E me disseram que depois disso, se eu não recebesse mais nada deles, tudo estava certo. E tudo ficou mesmo certo. Ninguém mais deu sinal de vida.

Aí, um dia a italiana me contou que recebeu um comunicado de que ela não teria devolvido um DVD à biblioteca central de Stanford, que a carteirinha dela seria suspensa em 1 semana e que uma multa de sei lá quanto seria adicionada a conta dela (aqui, a gente tem uma conta onde são debitados os pagamentos como casa, luz, tv e mensalidade). Ela respondeu ao e-mail, informando que havia sim devolvido o filme no prazo, mas não recebeu nada de volta. Foi lá checar e disseram:

"Ah, achamos o filme, desconsidere o e-mail." Desculpas por partir do ponto que você é uma ladra, uma criminosa e pelas ameaças que fizemos? Nada.

A Paloma também contou a história dela: Um dia ela recebeu um email dizendo que ela não poderia ser formar, fazendo um mega drama, de que ela tinha uma dívida com a faculdade e blebleble. Ela foi lá nessa nossa bendita conta e achou uma pendência de ¢60. Sim, 60 c-e-n-t-a-v-o-s. Sabe no Brasil, que quando você preenche um cheque e vai escrever o valor por extenso, tem um lugar escrito "e os centavos acima"? Pois é, aqui isso não vale e você tem que sim escrever todos os mínimos centavos, ou então corre o risco de ter que fazer um depósito ridículo desses.

Ai, hoje eu chego em casa e tem uma cartinha para mim do hospital de Stanford. Quando eu fui lá para fazer o raio-X do meu pé, mandaram uma conta de $280 dólares, que pagamos devidamente com um cheque ao hospital. Eu achei que ia abrir um recibo da conta, né? Eis que acho uma cobrança de $1895 dólares. Não há explicação do valor, de serviço prestado, de absolutamente nada. E obviamente o Customer Service só funciona de segunda a sexta, então na véspera da nossa ida ao Japão eu terei que resolver esse pepino.

Grrrrrr...

*Atualização do assunto pendente*

Temos que pagar. Eles nos explicaram que $280 cobre somente as despesas das pessoas que nos antenderam. E que os tais $1895 são para os serviços prestados, uso da máquina de raio-X, da maca que eu fiquei no corredor (sim, me senti nas reportagens de Fantástico mostrando o SUS) e do band-aid que colaram em mim. Não, nosso seguro não cobre pois eu tinha que ter passado uma noite no hospital, sengundo o critério de emergência deles.

Mas ainda tem um detalhe: se conseguirmos provar que isso é um valor considerável na nossa ausente renda, entrando com um pedido de "me ajuda!", eles podem parcelar o valor ou até dar um descontinho. Quem sabe...

Apr 24, 2008

Quase sofá

Com todas as vindas, idas e as noites de filme no sofá-futon, não poderia ser diferente: CREC! Sim, um dos pés dele - não que ele tenha pés de verdade, mas a parte sobre a qual se apoia a estrutura vertical - quebrou.

Com a maior cara de pau, fomos ao Ikea sem nota, sem prazo, sem garantia, somente com o sofá embaixo do braço. E a única coisa que eles poderiam fazer é repor a peça. De graça, mas num sofá em que o custo principal é a montagem caseira, desistimos.

Aí, em mais uma etapa do [Brasilian style] e suas gambiarras, entramos na [Home Depot]. Pra quem não conhece, é a mãe da Telha Norte, Casa & Construção e afins. E lá fomos nós procurar alguém que nos atendesse. Pois é, no país da mão de obra cara, foi uma tarefa árdua.

Eis que achamos alguém, bem no corredor das super colas. "[Gorilla Glue]. Colamos uma árvore de Natal no ano passado que só foi desmontada com uma serra. Mas cuidado com os dedos."

Depois de um teco do cabelo fora - pelo menos foi só cabelo! - o sofá passou a noite na sacada e hoje fui ver como ele estava. Irgh. A cola se expande, penetra nos mais profundos espaços da madeira, faz bolha e parece que um cachorro raivoso mordeu o pé do sofá. Só que a baba é indestrutível e permanente. E não bastasse isso, a fitinha que prendia o pé ficou ali também. Eles mandam prender com algo, pois a cola demora 1-2 horas para passar por todo o processo de embolhecimento. E ainda bem que a fitinha é bonita, pq ela ficará lá. Pelo menos o pé também.

Apr 7, 2008

Dia-zica

Tem dia que é muito divertido, ainda mais com companhia boa, mas que dá um monte de mini-zicas. Hoje foi um deles. Eu e minha mãe saimos cedo para trocar um par de pneus do nosso carro. Chegando lá, o cara me falou:
- Em 2 horas teremos seu carro, mas eu te ligo.
- Ok, por favor, me ligue uns 15min antes que eu vou andar até o shopping.
E fomos.

Fora a caminhada de 1.3km, andamos pela loja de bebidas em busca de um dosador de azeite - misturas compatíveis somente na América - compramos umas balinhas na lojinha japonesa, três pacotes de [Milano], um pacote de Dvd-R no Wal Mart, enfim, como dá para perceber, bastante coisa.

Aí, no meio da sessão de brinquedos do Wal-Mart, trimtrim:
- Oi, então, o carro só vai ficar pronto mais tarde. Houve um problema com o pneu e não temos o modelo do seu carro.
- Como assim? Eu pedi ontem, o cara falou que teria hoje!
- Somente às 4pm.
- Mas são 11 da manhã! Que eu faço até lá?
- E se você tirar o carro da oficina, paga $70.

Ok, quando envolve dinheiro, eu desisto e pela primeira vez eu andei de ônibus em Palo Alto. Pegamos a linha expressa e voltamos para casa, deixamos as sacolas e saímos para passear por downtown, andar pelas ruazinhas, tomar sorvete, andar mais e mais e mais.

Eis que o telefone toca de novo:
- Sra. Paula?
- (suspiro - Isso não pode ser coisa boa) Sim?
- O armazém nos entregou os pneus, mas eles trouxeram errados. A senhora pode vir buscar depois das 5pm?
- Não. Mas meu marido pode (já tinha falado com ele e eu sabia que o Fê ia dar um puxão de orelha neles).

Chegando em casa, morrendo de fome:
- Putz! A chave de casa estava pendurada no chaveiro do carro! (...) Oi, Fê, você tá em casa? Não? Como assim? Palestra? Ai, ai, ai... Quêêê? E se alguém me pegar? Tá bom, vou tentar.

E lá fui eu escalar a sacada do nosso apartamento, como recomendado pelo maridão. Ainda bem que nenhum policial apareceu - ai seria MEGA zica - mas o fosso entre a sacada e nosso apartamento me fez usar todas as técnicas de escalada de parede que eu aprendi no trimestre passado.

Chega, não saio mais daqui de casa até amanhã.

Atualização do post: estava fazendo uma torta de carne moída de peito de peru com batata. Linda, deliciosa. Cortei uns pedacinhos e pus nos pratos. Fui pegar o pirex para recolocá-lo no forno e mantê-lo quentinho caso alguém quisesse repetir. Ninguém PODE repetir, pois a torta se espatifou no chão, amorteceu a queda do pirex (ufa, não quebrou) e ficou esmagadinha no chão da cozinha. Chega, vou dormir que hoje definitivamente o dia foi zicado!

Apr 2, 2008

Pérolas da Camaravana

A Camaravana se foi, e atentendo ao pedido da Lu ficam aqui as pérolas:

- eu preciso de uma caixa dobra... dobra... dobradível!

- pois é, antes de enviar pessoas para o espaço, eles mandam animais, como a Lessie.

- e os três reis magros foram encontrar Jesus.

-1: nossa, ela é tão chique que a assessorista ligou para o...
-2: pera, tem algo errado no que você falou.
-3: gente, assessor, não assessorista! Esse é do elevador!
-1: Não! Ascensorista! Afe...

- Carmel, na rua:
-1: Nossa a moça do outro grupo caiu;
-2: Nossa a Lu jogou a bolsa dela no chão para ajudar a moça, como ela é boazinha.
-3: NOSSA a LU É A MOÇA!
-2: pega o pedacinho da máquina fotográfica! Caiu algo no bueiro?

Mar 16, 2008

Global warming e o futuro: Wall-E

Leio hoje no uol: Perda de geleiras 'foi recorde em 2006', alerta ONU. Segue reportagem para vocês.

Geleiras em todo o mundo estão derretendo mais rápido que nunca, alerta um relatório do Programa da ONU para o Meio-Ambiente (Pnuma).

Cientistas mediram quase 30 geleiras e descobriram que em nove delas a perda de gelo alcançou nível recorde em 2006.

Em média, as geleiras perderam 1,5 metro de gelo naquele ano - ao passo que a perda média foi de 30 centímetros por ano entre 1980 e 1999.

A maior perda foi da geleira Breidablikkbre, na Noruega, cujo gelo diminuiu 3,1 metros apenas em 2006, afirmou o estudo.

A única geleira que se tornou mais espessa foi a de Echaurren Norte, no Chile. Mas o relatório ressaltou que os glaciares sul-americanos - na Bolívia, no Peru, na Colômbia e no Equador - permanecem sob ameaça.

Milhões de pessoas dependem de água originada em geleiras para agricultura, e o derretimento dessas formações ameaça a sobrevivências das populações, afirmou o estudo.

Cientistas reunidos no Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), uma referência para questões relacionadas ao tema, atribuem o fenômeno à concentração atmosférica de gases que causam o efeito estufa.

Segundo o estudo do Pnuma, o derretimento das camadas de gelo é "um dos sinais mais claros do aquecimento global".

E a tarde vi o trailer de mais um filme quem entrou para nossa lista de contagem regressiva para a estréia:



Só eu que vi a relação entre os dois?
Ninguém vai fazer nada?

Mar 14, 2008

Olha o ciclista!

Este é um vídeo que uma amiga me mandou no dia do bike crash. Quer coincidência maior?

Mar 10, 2008

Procurando hotel em NY?

Chegamos em casa hoje e vimos que o correio entregou uma cartinha do hotel que ficamos em NY, o [Millennium UN Plaza]. Segue abaixo:

Dear Mr. Camara,

Thank you for taking the time to complete our survey during your recent stay with us.
(...)
We appreciate your constructive feedback regarding the hot chocolate served at breakfast, and we sincerely apologize for our shortcomings in this area. Your comments are being addressed with our food & beverage team and will enable us to improve upon our service.
(...)
General Manager

Não acreditei. Eu já tinha achado esse hotel bem legal, pois a relação custo/localização dele é muito boa. Aí, um dia para o café da manhã a gente pediu para substituirem o bule de (chá)-café por um chocolate quente. Eu achei que das duas uma, ou as duas: ou iriam cobrar os $7 por um chocolate como estava no cardápio, ou então iria vir um mini-chocolate quente. Nem um nem outro. Veio um bule dele. Mas aguado. Ruim de doer. E eu escrevi naqueles papéis que a gente acha que ninguém nunca lê que ele estava sem gosto. Esse leu.

Mar 4, 2008

La Casa Italiana

Os americanos continuam me surpreendendo a cada dia.
Na minha aula de italiano, resolvemos assistir a um filme, [Il Postino]. Uma das meninas - uma americana que morou um tempo em Venezia - ofereceu sua moradia para vermos o filme, pois la tem comida, sofas e um telao.

Moradia? Mas a gente pode simplesmente ir la? Sim.

Ela mora na [Casa Italiana] de Stanford. E uma casa gigante onde moram 55 pessoas e todas obrigatoriamente tem alguma relacao com a Italia. Podem ter vivido la, aprendido a lingua, vindo de la ou somente gostar de la.

Chegamos e eu fui surpreendida pela cozinha. Gente, eles tem duas maquinas daquelas de Coca e suco que voce encontra no McDonalds. Tinham 10 tipos de caixas de cereal, mas voce nao pega a caixa em si, e daqueles dispensers transparentes que se coloca o potinho, empurra uma alavanca e cai cereal no potinho. Tem um esquentador de comida daqueles de "kilo", com a agua quente embaixo dos potes. Nao, nao dava para tirar uma foto...

Impressionante.

E o filme? Boa pergunta. Chegamos la e as pessoas da casa estavam assistindo a uma importantissima partida de futebol, que eu nao lembro os times. Ficamos esperando. Esperando. Penaltis, coca diet da maquina, espera. Penaltis, gritos, Reeses, mais espera. E so conseguimos ver 20 minutos do filme.

PS: Post escrito da faculdade, explicando a ausencia de acentos.

Mar 1, 2008

Post Fútil

Sei lá se eu deveria escrever mesmo isso aqui no blog, mas tudo bem, eu não ligo se acharem que meu grau de futilidade aumentou com isso.

Acho que quase todo mundo sabe que eu nunca tive unha comprida. Fosse pelos anos de piano, pelos anos de basquete ou até pelo meu estágio em alimentos. E elas sempre foram frágeis, já fiz uns exames pra saber se não tinha cálcio ou algo faltando em mim, mas não, elas só são moles mesmo.

Eu cheguei ao ponto de fazer unha toda semana alguns meses antes do casamento pra ver se ela ficava descente, coisa que eu nunca tive como hábito até então, mas que pra muita gente é super normal. Eu sei que isso é a realização de muitas pessoas e tenho que confessar que tive momentos muito divertidos trocando o almoço pela manicure e as leituras de Caras, mas isso torrava minha paciência de vez em quando, sem contar a fome no final da sexta-feira (Sim, sexta é o dia oficial de fazer unhas, como acabei descobrindo também).

Depois que cheguei aqui, não sei se pela falta de hábito de lavar roupa, louça, cozinhar, fazer faxina, tudo bem constantemente, as unhas se foram. E sem exageros. Curtinhas elas já estavam, mas começaram a parecer massa folheada, cada dia ia uma camada.

Eu ouvi todos os tipos de opiniões e tentei todos também. Comecei com os fortalecedores que prometem tudo e mais um pouco, lendo o rótulo até achei que teria um casco de cavalo no lugar. Nada. Aí, a onda da Vitamina B, também nada. Por fim, a técnica do "deixa ela em paz!", sem hidratante, esmalte nem lixa. Piorou. E a massa folheada começou a atacar a parte rosinha da minha unha. Ui.

Aí, depois de um chilique pós lasqueira de unha ao abrir a porta da geladeira, eu pensei: "Preciso de algo que proteja minha unha por um tempo, para ela crescer sem esbarrar e se desmilingüir em cada porta que abro".

Fui até a Farmácia - eu sei de cor todos os produtos da seção de unhas - e peguei as benditas. Minha última esperança. O último suspiro. E também o último respiro das minhas unhas pelos próximos dias.

Sim, postiças. Aqui tem de todos os tamanhos, tipos, cores, formatos. Tem até aquelas decoradinhas com flores. Tem pro pé também. Eu peguei a básica "french style" curta. Tem uma com a parte branca do tamanho da rosa. Afe, além de feia no dia seguinte ia parecer que eu briguei com um gato.

Se funcionou? Não sei, pois ainda estou com as unhas. Mas que resolve e quebra um belo galho num jantarzinho mais chiquetoso isso com certeza. E comparando: gastar $30 dólares numa unha de verdade (sem cutícula tirada, pois aqui isso não é feito) ou $8 numa de mentirinha que dura o mesmo tempo.

Ah, ficou curioso(a) pra saber como ficou? Mas não vou colocar um antes e depois não.

Feb 19, 2008

Palestra

Um dia o Fê chegou e me falou: "Precisamos ir até o fiunchounsbâbous* association para pegar nossos ingressos da palestra do Bill Gates."

Ahn??

Pois é. Stanford organizou uma palestra dele para os alunos, professores, funcionários e quem mais quisesse ir ver. De graça, a única exigência era apresentar a carteirinha e seguir os 30 procedimentos que eles entregaram numa folhinha que vinha com o ticket.

O pior é que um dos procedimentos era sobre o perigo de você tentar entrar com uma máquina fotográfica no evento. Poxa gente, eu tô na América. Não rolou esconder na bota nem nada do tipo, ainda mais considerando todas as mil ameaças da tal cartinha. Mas aí eu chego lá e eles me falam que durante os 2 primeiros minutos da sua aparição fotos seriam permitidas. Droga! Essa entre para o histórico "Foto que eu perdi".

Não entendeu? Um amigo me contou uma vez que ele leu um blog de um cara que escreve sobre as fotos que ele perdeu. Que o mais importante não é a foto em si, mas o poder de descrever uma determinada cena, um por-do-sol, um filhotinho brincalhão e qualquer coisa que ele tenha visto.

Nossa, foco, foco, o coitado do Bill ficou perdido nesse post!

A palestra foi muito legal, principalmente pela revolução que um dia ele causou no nosso mundo. Tudo nasce, cresce, evolui e morre, e hoje ele não é mais o banbanban de antigamente. Mas ele te faz pensar sobre a (r)evolução da tecnologia, sobre como ele chegou a resposta de "Por que todos nós algum dia precisaríamos de personal computers".

Faz muito sentido para mim, pois eu me lembro do primeiro computador que chegou em casa, mas imagino então para as pessoas que viram a primeira tv e o primeiro rádio. Internet? Máquina digital? E-mail? iPhone? Ele também falou sobre como chegamos nos dias de hoje em que eu e o Fê, pessoas comuns e por enquanto estudantes, sentamos para tomar café da manhã com os computadores na mesa, um virado para o outro, checando os e-mails que foram enviados nas últimas 8-9 horas, enquanto dormíamos. Por mais que eu justifique essa dependência com a existência do fuso horário entre grande parte da nossa família e amigos, quando alguém iria imaginar algo assim?

Mas pra mim o melhor da palestra é o vídeo que eles fizeram sobre Bill Gate's last day. Eu cheguei em casa e, como ele mesmo havia previsto, entrei no youtube e aqui está, para todos vcs verem também.



Ah, o que é fiunchounsbâbous*? Não sei, aqui tem associação para tudo, então tanto faz.

Feb 11, 2008

Flavor Locator

Eu acabo de publicar o post sobre as coisas absurdas da América e descubro mais uma. Eu resolvi dar uma espiadinha no site do [Ben&Jerry's], pra mim a melhor marca de sorvete que existe. Ganha de Haagen Dazs e La Basque, não tanto pelos sabores em si, mas pela capacidade de inovar nas misturas. Tudo bem que ali no freezer a gente tem um "Blueberry CheeseCake" da Haagen Dazs, mas enfim, geralmente eu compro um de cada um quando vou ao supermercado. Lembrando meu antigo post, eles custam tanto quanto Kibon (na promoção do pacotão de $9.99 por 3 potes).

Então, eu resolvi olhar esse site, pois adoro aprender coisas sobre comidas, sejam elas úteis ou não. Primeiro eu descobri que eles entregam em casa, por $55 dólares você pode ter seu potinho de sorvete devidamente transportado até a sua casa. Olha que de logística eu entendo e vi poucos produtos que tinham um frete tão desproporcional ao valor do transportado! Enfim, e se vc for fuçando esse site, tem também um "flavor locator", onde você coloca seu sabor preferido e seu cep (americano) e ele dá uma lista das lojas que vendem. Mentira, porque ontem eu fui a um dos mercados daquela lista e não tinha o Magic Brownie.

Tem também o cemitério dos sorvetes, para onde vão parar as linhas que não são mais produzidas, e até um lugar para você sugerir a sua mistura preferida. By the way, nosso atual favorito Magic Brownie tem a assinatura da banda Dave Matthews. Tá aí mais um jeitinho de vender mais sorteve, ou então mais música. Ou você acha que os americanos nóinhas fãs da banda não vão consumir o sorvete dos seus favoritos?

Tudo gigante

O post "Coisas da América" foi escrito em 10/setembro e a Lu tinha pedido por um "Coisas da America - Parte 2". Esse foi um dos principais motivos deste blog agora ter também a separação de posts por assuntos. Isso porque há várias novas observações sobre o dia-a-dia dos americanos, mas que eu acabei escrevendo em vários post separados, que podem ser encontrados agora no "American Life".

Mas voltando ao post, a coisa mais típica americana são os tamanhos exagerados de qualquer coisa. Como a Luciana mesmo disse, aquele brownie era gigantesco! E não só o brownie, mas é muito comum eu e o Felipe sairmos e dividirmos o prato. Ou então eu sempre acabo voltando para casa com um "to go package" de comida. Outro dia eu voltei com um "to go" de moccha do café da manhã!


Hoje fui comprar um sal com iodo e o menor potinho que eu encontrei tem 737g de sal. E o saco de Lays tem 367g de batata. (Se alguém tiver um pacotinho comum por aí, me fala o peso por favor?). O shampoo tem 700mL! Comparando, sei que o Seda no Brasil, que já é mais alto do que a média dos shampoos, tem 350mL. Já pensou se vc compra o shampoo errado?


Ah, eu fiz questão que a minha mão aparecesse nas fotos, para assim vocês poderem ter idéia de como as coisas são muito grandes. E o pior é que eu fui me acostumando com tudo isso e quando estava no Brasil achei o tubinho de pasta de dente digno daqueles de avião. E eu volto na mesma pergunta: com casas tão pequenas, onde vai parar tudo isso?