May 28, 2008

You dropped this...

Hoje vi um comercial bonitinho. E olha que é difícil conseguirem chamar a minha atenção. O mais comum é: "ah, essa música é desse comercial?" Pois eu adoro música, mas dependesse de assistí-los...

May 27, 2008

O post que faltou

Depois de voltar do Japão, eu esqueci de contar sobre a experiência do Onsen.

Primeiro, o que é um Onsen? A tradução para o inglês que eu achei é "hot springs". Como não poderia ser, numa terra que há tanto terremoto e placas tectônicas indo e vindo, também há muitas termas famosas. E o onsen é essa terma, com um detalhe a mais. Ou talvez, com uma falta de detalhe a mais. Mas vamos aos poucos.


Decidimos deixar o Onsen para o último dia, antes de um vôo diurno de 8h30, e também depois de toda a pauleira que foi a nossa viagem. Não queríamos nada cheio de turistas, então pedi indicações para minha amiga de Tokyo e escolhemos um em Yokohama (30min de Tokyo) cujo site eu nem conseguia ler, pois não havia versão em inglês. É esse mesmo!

Com uma lista de etiqueta de "dos-&-donts" passada também pela minha amiga, fomos. E qual a primeira regra da lista:

"Yes, you do go naked."

Isso me deixou um pouco... não diria apreensiva nem preocupada, mas aflita. Chegando lá, felizmente havia um papelzinho mixuruca com os procedimentos em inglês. A primeira coisa: tire seu sapato. A segunda: vá para a "ala" do seu sexo. E a terceira? Fique pelado, ué! E tome um banho.

O mais impressionante é que eu nunca achei que seria tão normal. Havia amigas passando um sábado à tarde relaxante. Velhinhas indo tirar umas dorzinhas das costas. Famílias (avós, mães e filhas) todas juntas, conversando. Sim, todas peladas, mas sem vergonha nenhuma. E no bom sentido. E também - registros do Felipe - na ala masculina havia menininhas (menores de 8 anos) com seus pais, que provavelmentr tabalham durante a semana e tem o sábado para ficar com seus filhos. Sem nenhum constrangimento.

Depois disso, você se veste com um yukatá (um kimono-roupão) e pode sair da ala exclusiva e encontrar os outros seres do mundo. Há 6 andares, incluindo uma playland (de onde veio a foto de nós de kimono), restaurante, relax floor (com 8 tipos de massagens e salas com poltronas para um cochilo) e o último andar com uma piscina para um Onsen para os pés e o Doctor Fish.

Sim, eu escrevi direito, Doctor Fish. O que é? A coisa mais doida que eles poderiam inventar: são peixinhos famintos pela pele morta dos seus pés. Igous? Que nada! Super divertido! No começo eu tive faniquitos de cosquinha, mas depois você acostuma e parece um formigamento fraquinho. O máximo! E eles são engraçadinhos, tentam se enfiar embaixo do se pé pelo espaço que há nas laterais, mesmo que vc não queira... E também entre os dedos, aaaah!


(esse pé peludo eu achei na internet, ok?)

E a pergunta que não quer calar: e os japas e as japas?

Bom, as japas me surpreenderam. Tem de tudo, magra, gorda, alta, baixinha e até peitudas e tatuadas. E os japas? Eu não sei, perguntem pro Felipe...

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o complemento que eu esqueci

E depois do super banho? Bom, tem uma ala super grande de chuveiros com shampoo, condicionador, sabonete da melhor qualidade. Tem também penteadeiras para todos, com cadeira confortável, secador de cabelo, bablyliss e 5 tipos de cremes. E para complementar, uma estação de maquiagens, onde você compra numa vending machine um kit de pincéis descartáveis (a vending também vende calcinha, meia calça e outros acessórios que podem ter sido esquecidos).

May 23, 2008

2.4 em Palo Alto

Esse post é dedicado a paparicar o maridão que eu tenho. E só quem o conhece vai entender o porquê da minha tão amada descrição do dia de hoje. Mas começando do começo...

Eu tinha desistido de fazer uma festinha de aniversário, pois dos amigos que não voltaram para o Chile, Noruega, Bahia e outros cantos do mundo, os que estão por aqui estão estudando que nem doidos, seja em Berkeley, San Francisco, para o Barbri* e etc. As poucas pessoas que sobraram têm como "significant other**" um estudioso. Então acabei desistindo, pois sabia que mesmo um jantarzinho ia ser um impacto significativo nessas horas tão nerds.

Aí o Fê entrou em ação: espero que vcs estejam sentados... E com uma cadeira firme. Sim, ele cozinhou para mim!! Foi atrás de receitas (Yey Jamie Oliver e seu livro [I'll make you a better cook]!) e, com uma ajudante, ao supermercado comprar os ingredientes.

Claro que foi muita ingenuidade da minha parte achar que alguém que quase "queima água de chá" - palavras da minha sogra - iria se aventurar na cozinha sem pequenos problemas, mas preciso dizer que tudo ficou M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!



Legenda:
1- Entrada de queijo de cabra crocante
2- Risoto de tomates com ricota e salmão com pine nuts assado

E a sobremesa? Bom, aí que entra a minha parte!


Panna Cotta!!

Minha professora de italiano achou uma receita pra mim (não que o google não fizesse isso também, mas é um belo jeito de se aprender uma língua), pois esse é um doce de longa história entre os Camara-Valentes e nossas aventuras pela Itália! E bem acompanhado de uma geléia caseira de blackberry. Nham...

(*) Barbri = o cursinho que sequestrou todos os significant others das pessoas durante 14 horas diárias. Acaba 30/julho.
(**) Significant other: definição politicamente correta (e nóia americana) dada a qualquer casal, livre de opção, registros e estado civil.

May 20, 2008

Fotos do Japão

O slideshow com as fotos estava ali no cantinho direito do blog. Se quiser rever as fotos, me mande um email que enviarei o link.

May 19, 2008

back... in one piece

Voltamos. Depois de um fuso doido que fez com que saíssemos as 4pm do dia 19 de Tokyo e retornássemos às 9am do mesmo dia, chegamos. Olha, posso dizer que nosso vôo foi digno de United 93, um pesadelo. Vôo diurno, com cara esquisito ao lado que não levantou o vôo inteiro - como se aguenta 8h30 sem xixi? - aeromoças grossas e atrapalhadas, livro ruim, filme sem áudio, frango com curry (eu gosto de curry, mas aquiiiiilo, não) e batata murcha congelada de café da manhã.

Ufa, back to Palo Alto... e as fotos vem daqui a pouco!

May 16, 2008

Dicionário japonês

Aproveitando o embalo do post anterior, ficam aqui algumas palavras essenciais para a nossa viagem:

- Sutchi banku = Citibank
- sakê sêtô = conjunto para sakê
- McEbi = sanduíche do Mc de camarão
- bãssu = bus
- fôruku to náifu = fork and knife
- macha = chá verde que está em absolutamente todos os cantos. Tem até macha-latte no Stabucks
- corôkê = croquete (de carne, geralmente)
- corôku = calçados Crocs
- azuki = feijão japonês
- bãnira aissu curiiiim = vanilla ice cream
- combiini = loja de conveniência, que aqui não existe somente em posto de gasolina
- cárudo = [credit] card
- rédu tápu = red tape (onde eu tinha que esperar na fila do restaurante)
- rôtêru = hotel

Depois complemento este post com as futuras palavras que vierem!

O Japão por mim

Que o Japão é um país fantástico e sempre esteve na minha listinha sonhadora de viagens, nem precisava falar. Que eu sou a maníaca das recordações e estou preenchendo meu Moleskine com todos os lugares, cheiros, restaurantes e pontos turísticos, também duh, né? Ainda mais sabendo que já há pessoas que reservaram o Moleskine para um futuro próximo, meu espírito caça e guarda informações foi atiçado ainda mais.

Então resolvi dedicar esse post às coisas não tão óbvias, detalhando pontos que me marcaram depois de 1 semana:

- os japoneses podem ser muito educados, mas para aqueles que não entendem o que eles falam. Com a nossa cara de turistas (gaijins), algumas pessoas falam sem saber que eu posso entender que nosso óculos de sol é estranho, que meu quadril brasileiro é assutador e descaradamente se assustam com meus traços nipônicos. Isso sem contar as inúmeras ombradas que levei, predominantemente masculinas, confirmando ainda mais o traço machista desta cultura. Onde já se viu eu querer andar na frente dos homens engravatados, mesmo que eu estivesse ali esperando o trem há mais tempo?

- os japoneses também têm medo do sol. Hoje estávamos super felizes com um dia ensolarado, 25 graus, saimos sem blusas e guarda-chuvas. E eis que na rua vejo uma quantidade absurda de guarda-chuvinhas, a grande maioria pretos, perambulando por Kyoto. São guarda-chuvas, meias 7/8, luvas até os cotovelos e chapéus e mais chapéus gigantes! E somente turistas usam óculos de sol, regata e papetes.

- os japoneses têm um senso diferenciado sobre padrões de higiene. Não encontrei nenhum banheiro em pontos minimamente turísticos que tivesse sabonete. Sim, SABONETE. Papel para secar a mão então nem se fale. E o pior: há muitos banheiros com cabine "japanese style". O que é isso? Buraco no chão. E definitivamente a pontaria dessas japas estão longe de serem apuradas. Irgh, meu álcool virou o herói da viagem.

- os japoneses não tem senso de moda. Não sou cara de pau o suficiente para tirar fotos das pessoas, mas decorei a vestimenta de uma menina sentada no metrô. Começa com um tênis de estampas pink, roxo e creme, com uma meia rendada laranja curta. Vem uma fusô preta, até a altura da canela, estilo meia arrastão. Sobreposição com uma saia jeans furada, uma camisa até a metade da saia jeans cor verde, por baixo uma blusa com listras pretas e brancas, um colar dourado, uma pulseira de oncinhas, uma bolsa Louis Vutton com algo entre 5 e 8 Hello Kitty & Seus amigos, uma maquiagem pesadíssima, cílios postiços, sobrancelha pintada de marrom e cabelo desbotado. E isso não é alguém que se destacava, mas somente uma das tantas que vimos.

Se eu recomendaria a vinda pra cá? Com certeza, não existe nada igual no mundo! Esse país para mim tem gosto e cheiro de infância, contrastando com coisas que evoluiram muito desde a partida da minha avó ao Brasil. Me divirto em cada canto, em cada esquina, com os sorvetes de melão com gosto da bala verde, com os caldinhos de feijão japonês que eu comia quando era criança, com todas as casinhas de madeira no meio dos prédios e escritórios.

E venham logo, pois essas placas tectônicas não estão com jeito de querer que esse lugar tão único continue no globo por muito tempo.

May 7, 2008

Terremoto de boas vindas

Pois é. Agora são 2h15 da manhã e eu estou escrevendo este post pois acabamos de passar por um terremoto. "Pretty big one, 6.8", segundo o recepcionista do hotel, que só não riu de nós sermos os dois ÚNICOS de pijama no lobby pois ele é um japonês lord. E ele falou que é super normal. "Japan, you know?"

Enfim, achei melhor escrever que estamos bem, vai que alguém lê sobre isso em algum jornal.

Felipe escrevendo (deve ser por isso que teve terremoto, onde já se viu Felipe escrevendo): Para quem quiser ler mais sobre o terremoto o site do [USGS] (serviço geológico americano) tem bastante coisa, de qualquer forma estamos bem, a TV falou que está tudo tranquilo e agora vamos (tentar) dormir. Beijos

Ginza

Eu não resisto, e para não deixar meus órfãos, segue um post breve diretamente de Tokyo, com itens do nosso dia.

- os japoneses não são tão baixinhos quanto imaginávamos. O Felipe até que não está muito em destaque. Eu que me sinto uma coisa estranha, que as pessoas olham e não sabem de onde eu vim.
- sorvete de chá verde da Haagen Dazs. Que coisa doida! Amanhã experimentarei o de Azuki, o feijão doce japonês.
- Restaurantezinho de tempuras feitos na hora! Nham...
- Recepcionistas do hotel tão simpáticos, se desdobram para nos ajudar, tudo que você pode pensar que já passou por apuros em algum hotel, eles fazem o oposto e questão de agradar.
- vestimentas doidas. totalmente doidas. Pra mim o melhor são os japoneses de corte fashion, cabelo vermelho e terno e gravata.
- privada com aquecimento e cheirinho desodorizador!
- travesseiros com pedrinhas na base, tipo aquelas de segurador de porta.
- passeio de trem bala.
- eu entendo japonês!!!! e eles me entendem! só falta parar de "colar" na hora de ler.

May 4, 2008

Graduated student

Sim, hoje devidamente formado, com direito a capelo e beca. Tivemos uma agenda cheia de eventos de formatura nos últimos dias e ainda teremos amanhã! Teve passeio de barco pela baia de San Francisco (ai, que lindo ver a Golden Gate Bridge a noite!), coquetel com o diretor e todas as famílias dos formandos, colação de grau no super salão de Stanford (o mesmo da palestra do Bill Gates!), e ainda um jantar hoje a noite no nosso restaurante favorito com a turma 2008 de LLM's.





E agora? Bom, com tanta coisa a comemorar, vamos ao Japão. Eu sei, já escrevi isso aqui, mas agora estou deixando oficialmente "postado" o aviso prévio de férias de 2 semanas do blog. Passaremos por Tokyo, Kakunodate, Nagoya, Kyoto, Osaka, Nara e Hiroshima. Ufa!

Até a volta!

May 3, 2008

Cobranças indevidas

Tudo começou com o pedágio. Será que eu já escrevi aqui sobre ele? Bom, se vocês não sabem, um dia eu estava voltando de Berkeley sozinha e me dei conta que não tinha nem meio penny (penny = 1¢) na minha carteira. Descobri que o outro lugar fora a feira que não aceita cartão de crédito é o pedágio e perguntei o que eu poderia fazer.

"Não se preocupe, eu anoto sua placa e eles te mandam a conta do pedágio para a sua casa"

Umas semanas depois, chega uma conta de $4 dólares do pedágio e $25 de multa por violação da cancela do "sem parar" californiano. Ah, não, o que é isso?? Eu liguei para eles, com os devidos números de protocolo, placa de carro e etc, e me instruiram a mandar um formulário preenchido, uma carta explicando o meu lado e um cheque de $4 dólares, pois eu tinha que provar que eu queria pagar o pedágio, só não a multa. E me disseram que depois disso, se eu não recebesse mais nada deles, tudo estava certo. E tudo ficou mesmo certo. Ninguém mais deu sinal de vida.

Aí, um dia a italiana me contou que recebeu um comunicado de que ela não teria devolvido um DVD à biblioteca central de Stanford, que a carteirinha dela seria suspensa em 1 semana e que uma multa de sei lá quanto seria adicionada a conta dela (aqui, a gente tem uma conta onde são debitados os pagamentos como casa, luz, tv e mensalidade). Ela respondeu ao e-mail, informando que havia sim devolvido o filme no prazo, mas não recebeu nada de volta. Foi lá checar e disseram:

"Ah, achamos o filme, desconsidere o e-mail." Desculpas por partir do ponto que você é uma ladra, uma criminosa e pelas ameaças que fizemos? Nada.

A Paloma também contou a história dela: Um dia ela recebeu um email dizendo que ela não poderia ser formar, fazendo um mega drama, de que ela tinha uma dívida com a faculdade e blebleble. Ela foi lá nessa nossa bendita conta e achou uma pendência de ¢60. Sim, 60 c-e-n-t-a-v-o-s. Sabe no Brasil, que quando você preenche um cheque e vai escrever o valor por extenso, tem um lugar escrito "e os centavos acima"? Pois é, aqui isso não vale e você tem que sim escrever todos os mínimos centavos, ou então corre o risco de ter que fazer um depósito ridículo desses.

Ai, hoje eu chego em casa e tem uma cartinha para mim do hospital de Stanford. Quando eu fui lá para fazer o raio-X do meu pé, mandaram uma conta de $280 dólares, que pagamos devidamente com um cheque ao hospital. Eu achei que ia abrir um recibo da conta, né? Eis que acho uma cobrança de $1895 dólares. Não há explicação do valor, de serviço prestado, de absolutamente nada. E obviamente o Customer Service só funciona de segunda a sexta, então na véspera da nossa ida ao Japão eu terei que resolver esse pepino.

Grrrrrr...

*Atualização do assunto pendente*

Temos que pagar. Eles nos explicaram que $280 cobre somente as despesas das pessoas que nos antenderam. E que os tais $1895 são para os serviços prestados, uso da máquina de raio-X, da maca que eu fiquei no corredor (sim, me senti nas reportagens de Fantástico mostrando o SUS) e do band-aid que colaram em mim. Não, nosso seguro não cobre pois eu tinha que ter passado uma noite no hospital, sengundo o critério de emergência deles.

Mas ainda tem um detalhe: se conseguirmos provar que isso é um valor considerável na nossa ausente renda, entrando com um pedido de "me ajuda!", eles podem parcelar o valor ou até dar um descontinho. Quem sabe...