Jun 30, 2008

A porca da Paula

Esses blogs são que nem gripe: tem coisa que a gente vê e vai passando, copiando e fazendo. A [Lu] colocou no seu blog um post sobre um teste psicológico com base nos desenhos de um porquinho, que ela viu no [blog] da irmã. Quer saber mais? [Clique aqui] e desenhe você por um óinc óinc.
E aí, eu fui lá fazer o bendito porquinho. E, tirando qualquer falta de prática com o mouse, ele saiu assim:


E, claro, mandei para a Luciana, por msn. E o que ela me fala? "esse teste funciona muito! é a sua cara esse porquinho (no bom sentido!)". Que venham mais porquinhos por aí! Se alguém fizer, quero ver!

Jun 29, 2008

Pós festinha do Fê

E como foi a festa?
Surpreendentemente perfeita.

Tudo ficou gostoso (e a minha modéstia ficou no Brasil), mas quem me falou isso foram os convidados, pois como toda bela organizadora, eu só experimentei as coisas e mal senti o gosto! E que que teve? Bruschettas italianas, sanduiches de metro, pistache e caju, goiabada com queijo, pão de queijo, brigadeiro de copinho, mousse de maracuja, bem-casados, caipiroscas... tá bom, né? Todos nós nos divertimos muito, aproveitamos o sol que se põe às 8 da noite, ficamos ali conversando até um vizinho pedir silêncio, tomando cervejas... Simplesmente super!!

Jun 24, 2008

Reclamona

Ok, ok.

Eu falei que não ia escrever. Mas são 22h00, Hell's Kitchen acabou, nenhum fornecedor de copinhos de aniversário está aberto...

... aliás, já que falei sobre isso, hoje chegaram meus copinhos que comprei pela internet. Fresquinhos de Chicago! Via UPS, numa caixa protegida, com os outros guardanapos, copos, bexigas e velas que adicionei a compra. Além de prático, sai mais barato. Yay!

Mas voltando:

...e meu marido, está na biblioteca (somente permitida após certos horários para Law School Students) estudando. Que me resta fazer? Reclamar.

Sim, eu tinha umas reclamações pendentes e resolvi da um jeito em uma delas. Eu comprei um cartucho de tinta outro dia para minha impressora, e alguns dias depois ele simplemente parou de funcionar. A impressora o detecta como vazio, mas ele está cheinho. Sacodi, virei, assoprei, nada.

Aí, eu entrei no site da Canon - marca da impressora - e resolvi escrever naquele temido e conhecido como abandonado "Customer Service" para chorar as minhas pitangas.

Alguns MINUTOS depois, eu recebo um email do Customer Support pedindo desculpas pela inconveniência e pedindo data da compra e também o número de série da impressora. Aproveito e no e-mail mando um seguinte comentário: "Hoje comprei um cartucho, mas acabei comprando o modelo errado, pois a loja não tinha o correto. Há algo que eu possa fazer"

E aí? Olha a resposta:

"I am sorry to hear that you have purchased the wrong ink tank for your IP4300.
I recommend that you try to return the ink tank to the retailer.
As a courtesy, I have sent an extra ink tank."


Sim, além de mandar um cartucho repondo o problemático, ele ainda mandou MAIS UM, porque a tonta aqui comprou o errado. Dá pra acreditar? E ainda vem de Fedex 2 dias.

Ah, e isso me fez lembrar de mais uma história.

Outro dia eu fui colocar meu óculos de sol e ele explodiu. Assim, sem mais nem menos, sem pisar, sem amassar, sem nada. E aí eu resolvi ligar para a loja da Puma em San Francisco e saber se tinha algo a ser feito. "Traz aqui". Ok.

E eu levei. Sem nota fiscal, sem garantia, sem nada. Na honestidade, falei que ele tinha explodido, e que eu só me lembrava de ter comprado-o em Las Vegas e pagado $80. E aí a gerente me falou que sabia que o óculos custava isso, mas que sem nota, eu não poderia provar. Então, nesses casos eles dão um vale de $50 dólares, pois cada categoria de produtos teria um certo tipo de reembolso.

Eu sei que parece pouco comparando com o preço original. Mas se for pensar que eu usei o óculos por 11 meses, perdi todas as provas de compra possíveis e ainda assim saí de lá com um tênis novo, fala sério! Pra mim tá bom demais!

Jun 23, 2008

Ausência por motivo nobre

Estarei nos próximos dias organizando uma festinha de aniversário. Terá bolo bem casado (gente, fingers crossed!), brigadeiros, mousse de maracujá, goiabada, pão de queijo e sanduba de metro. Tudo bem devidamente acompanhado de refris, água, caipirinhas, ops, caipiroscas!

E isso também envolve muitas idas a diferentes supermercados (não, aqui não existe uma "Palácio dos Enfeites" e as comidas são vendidas em 5 lugares diferentes), preparativos, fôlego de bexiga, limpeza, minha busca pelas mini-colheres, pelos pratinhos, som, então já justifico antecipadamente a ausência.

Mas prometo fotos depois, tá? Enquanto isso, fica aí a imagem que usei para a invitation. Cutchi cutchi, né?

Jun 20, 2008

Emburramento Portuguesiano

Um dia estávamos com um grupo de amigos brasileiros conversando sobre o que acontece com a gente aqui. É um efeito que acho que atinge a todos que começam a morar em um lugar e a falar uma outra língua com freqüência. Quando você menos percebe, não fala mais bá-nã-na, mas sim bê-né-ná. Começa a usar palavras em inglês com o próprio marido, não por querer treinar, mas simplesmente porque é a primeira que vem a sua mente, a fim de evitar aquele momento "aaahn" pensando na tradução.

E essas coisas começam a se expandir. Com esses amigos, começamos a falar sobre o pagamento do rent, pontos de meeting na library, sobre o binder que precisamos comprar na bookstore, sobre o chicken do almoço, sobre os payments de bills e assim vai.

E aí, um deles me falou a seguinte teoria: "Acho que vamos acabar mudos. A gente não aprende o inglês no mesmo ritmo que perde o português."

As coisas foram piorando, até o dia em que eu falei para minha mãe:

"Nem os apresentei, eles se introduziram uns aos outros."

E não percebi o que tinha falado. Só quando minha mãe repetiu a frase hedionda eu me dei conta de onde estou chegando.

Aí, depois de uma dúvida sobre o spelling de uma palavra eu percebi que meu nível de ignorância em relação ao português começou a atingir níveis alarmantes e tomei uma providência: entrei no site do Submarino e comprei dois livros em português. Por incrível que pareça, gastei R$30 em livros e R$70 em shipping (ops, entrega), mas ainda saía mais barato do que usar a Amazon.

I hope it works.

Jun 19, 2008

Saudade exponencial

Ai.

Como de costume, eu ligo o computador e dou uma olhadinha no blog da Luciana de manhã. E o texto que leio é... Lindo [O que estão falando por aí]. Eu adoro São Paulo, sempre gostei e nunca escondi isso (interioranos de plantão que o digam). Mas o legal foi alguém de fora dizer isso. Claro que Sampa que ele gostou não há quem não goste (hotel Fasano, Gero e Cristallo?!), e muitos que não conhecem, mas no mundo americanet em que vivo todo mundo pergunta do Rio, da Bahia e da Amazônia, dos índios fora da civilização, quando eu não tenho que ouvir um senhor me perguntando:

"São Paulo? Do you live in the jungle?" OMG.

E aí, mais tarde eu recebo esta foto da Kitty, minha amiga fashion que está trabalhando no SPFW.


Não entendeu? Gente, que cidade é essa em que há um evento desses, onde as pessoas conseguem se preocupar com tão pequeninos detalhes que conectam tantas outras pessoas? E como pode numa cidade tão gigantesca que engole os seus habitantes num trânsito caótico também ter pequenas coincidências como essas?

Ainda não entendeu? Minha mãe fez parte do grupo de "origamistas" que fez essas sakuras (flores de cerejeira) e ipês. Pois é! Qual a chance desse tipo de coisa acontecer? Em se tratando de São Paulo, diria que muito, muito alta.

E aí, o dia foi passando e liguei para meus avós. Conversa vai, conversa vem, chegamos no príncipe. Sim, o japonês. E todo o evento. E todos os festivais, e a comida, e as festas, e o Anhembi, e as seções de R$4 de cinema japonês e os encontros em comemoração à Imigração.


Que eu perdi.

Não entendeu meu post? Tudo bem, nem eu. Acho que a saudade + nostalgia japonesa estão me deixando com uns parafusos a menos.

Jun 16, 2008

Berkeley II

Acho que eu já falei aqui sobre Berkeley. Faz bastante tempo, nem me lembro se a Gi já tinha chegado lá. Ah, sim, Gi = amiga de faculdade e moramos juntas em Campinas.

Feitos os devidos esclarecimentos, volto às minhas aventuras em Berkeley. E já deixo bem claro que não recebo nenhum incentivo financeiro ou gastronômico pelas referências que faço. Mas bem que podia, né?

Bom, tem um francês que eu adoro chamado Gregoire. Restaurante, gente. Ou melhor, não sei se posso chamá-lo de restaurante. O lugar tem um balcão com 2 bancos. Do lado de fora, há duas mesinhas, em cada um cabem mais ou menos 3 pessoas. E o que esse lugar tem de mais? O cardápio muda todo mês, eu sempre chego lá na esperança de pedir o que comi no mês anterior, e eles semprem me surpreendem. E claro, nunca vá lá sem comer as batatas puffs. É um purê de batata frito, com um salzinho na medida certa. Todos os pratos são feitos na hora, fresquinhos, orgânicos e muito saborosos.


A segunda dica se chama Love at First Bite. O lugar vende cupcakes. Só. Tem de tudo, chocolate, raspberry, mas meu favorito é o de chá verde. Uma surpresa divina! Mas para os mais tradicionais, os variados chocolates também foram aprovados.


Pausa na gastronomia, além do campus, a cidade é bonita. Uma caminhada pela 4th Street, pelo jardim de rosas e pelas ruazinhas para observar as pessoas mais loucas, esquisitas e que falam sozinhas é imperdível.


E aí, depois de digerir o almoço, uma parada numa sorveteria chamada Ici. Sorvete de Pistache com Rosas. Açafrão com chocolate. De Hochata (uma bebida mexicana), de Lavanda, Casca de Laranja... Nham! E tudo, como deveria ser em Berkeley, orgânico, feito no local por locais.


E o que achei lá??
Siiiiim! Forno de Minas e Guaraná! Há uma lojinha de produtos brasileiros que vende de tudo. Me senti num mercadinho de interiorzão, pequenininho, com Toddy, Amandita, Farofa, Maguary e Dadinho.

Jun 15, 2008

Graduated (again)

Hoje tivemos a última formatura do Felipe. Como a Law School é a única instituição de Stanford que ainda funciona em semestres (todo o resto tem trimestres) tivemos aquela formatura de alguns posts atrás e hoje fomos a formatura de todos os alunos da universidade.

Foi super bonita, ao ar livre, dentro do estádio com somente 25mil pessoas + carros e um detalhe: Hoje é o dia dos pais aqui nos Estados Unidos. Caos total. Pessoas escandalosas, orgulhosas e felizes. Pessoas vestidas em copos de Starbucks, despidas, tomando sol de bikini, de chapéu de cowboy, de fantasia de ônibus amarelo e outras que provavelmente faziam sentido para os formandos, mas que eu realmente não entendi.

E com um detalhe: Oprah. Pois é! Aparentemente ela é madrinha de uma das formandas e foi convidada para fazer o discurso. Há alguns anos foi o Steve Jobs, o super duper da Apple. Qual eu preferia ouvir durante um domingo de manhã ensolarado? Hum... deixa pra lá. Mas foi divertido, principalmente porque grande parte do discurso dela foi baseado na não importância de uma faculdade para o sucesso de uma carreira. Sim, na formatura! Hein?

;)

Jun 10, 2008

Verão na California

Precisa de algo mais? Agradável para dormir, solzão para o dia que dura até 8:30pm e nenhuminhazinha nuvem no céu. Ah, sim, piscina olímpica aberta das 6 às 8pm. Free.

Jun 5, 2008

Dia do meio ambiente

Confesso que eu nunca me dei muito ao trabalho de reciclar as coisas quando estava no Brasil. Coleta seletiva não existia em nenhum dos prédios em que eu morava, fosse em Campinas, fosse em São Paulo. E meu máximo de esforço era levar os recicláveis acumulados - jornais e latas - ao Pão de Açúcar.

O que será que aconteceu comigo aqui, que agora lavo latinhas e potes de Yakult e os deixo secando para reciclar? Que vou a farmácia que recicla saquinhos plásticos, ando com sacolas reutilizáveis no carro e até uma sacola que se auto embrulha na minha bolsa para não usar mais saquinhos e sacolinhas? E o mais interessante, por que essa consciência ambiental que chega a atormentar os outros conquistou a mim e a [Luciana] ao mesmo tempo?

Não sei, mas fico com a impressão de que a gente se sente mal de não fazer quando os outros fazem, do mesmo jeito que a gente se sente besta de fazer quando se é o único, pois nos dois lugares já somos bem informados sobre toda a questão ambiental. E acho que foi isso que mudou em mim, saí do lugar em que eu era uma formiga numa colméia e achei o meu formigueiro, onde todas as pessoas - ou pelo menos a grande maioria - se esforçam pela mesma causa e sabe que cada um tem uma função importante.

E acho que eu nunca mais serei capaz de misturar os lixos e achar isso normal. E qual a minha sugestão, venham todos passar umas semaninhas na gringa que resolvemos o problema do mundo? Infelizmente meu sofá não comporta tanta gente. Mas quem sabe a gente não consegue aos poucos melhorar o que vem pela frente. Pelo menos foi isso que pensei quando assisti ao vídeo sobre o Dia do Meio Ambiente do Jornal Hoje. [Clique aqui] para ver.

Jun 2, 2008

You know you're Brazilian when...

Essa frase do título é muito comum entre os por-livre-e-espontânea-vontade despatriados. Hoje eu estava dando uma olhada no meu [Facebook], o orkut do resto do mundo, quando achei essa "Comunidade", em que há diversos motivos porque você seria brasileiro. Aqui vão alguns exemplos:

- You think American bathing suits are enormous.
- You can name at least 30 novelas and 10000 actors/actresses.
- BBQ means steak, sausage, chicken wings, pork, rice, farofa, molho and beer.
- You travel to Brazil and instead of taking a suitcase with all your stuff, you take presents for the entire family, the dog, the neighbor, not to mention the old/used clothes that you take just in case someone needs it.
- You understand & speak Spanish, but when you say a word in Portuguese no one understands you.
- Everyone thinks you're everything but Brazilian.
- You love
coração de frango.

E aí hoje eu eu percebi a triste versão dessa frase.

Eu estava saindo do cinema com a Moira, andando pelo estacionamento em busca do carro perdido, quando duas velhinhas vieram na nossa direção. Bem bem bem velhinhas, algo que eu diria a filha de 75 e a mãe de 95.

"Eu perdi o meu carro, você poderia nos dar uma carona para achá-lo?"

E quase todos os meus primeiros pensamentos nos milésimos de segundo que passaram foram sobre onde estaria a pessoa escondida que faz parte da gangue das velhinhas, o que elas fariam comigo depois de entrarem no carro, ou mesmo o que aconteceria enquanto elas estivessem entrando no carro.

Sim, you know you're Brazilian when this S**T happens.

E qual o final da história? A Moira perguntou como seria o carro delas. Eu perguntei se o carro tinha alarme, ela me entregou a chave do carro, levantei o braço e avistei a luzinha piscando. "É azul?" Sim, ali estava o carro delas, a 20 metros de nós.

E eu sai de lá chateada, triste, revoltada e com remorso de ter se quer pensado na gangue das velhinhas. E que na verdade eu poderia ter saído correndo com o carro delas.