Feb 28, 2008

Cheap chat

Americano tem nome pra tudo. E uma das coisas que eu aprendi na prática nesses dias foi o cheap chat. Algo como jogar conversa fora, bater papo ou conversa furada.

Eu estava ali no aeroporto com as minhas duas longas horas de espera sozinha quando resolvi sentar na praça de alimentação ao lado do meu gelo com Coca light, porque os americanos não tomam coca com gelo. Já tentou pedir Coca com pouco gelo? Afe, parece que eu tinha pedido para colocarem um nugget ali dentro. Consegui uma mesa, abri meu atual livro preferido (Book Thief do Markus Zusak) e comecei a ler. Hum, que tentação aquela lojinha do Ben&Jerry ao lado, mas resisti.

Ai, muito educadamente, um senhor me perguntou se poderia dividir a mesa comigo. Claro, simpática mas não oferecida, e continuei lendo meu livro. Eu falei com o Felipe pelo telefone, disse que estava no aeroporto, blablabla, e desliguei.

"Você fala português?"

(Cada vez mais precisamos tomar cuidado, o mundo está sendo dominado pelas pessoas poliglotas!)

E ali foi mais de uma hora de cheap chat. Ele - que desconheço o nome - é um suiço que por causa da esposa se mudou para Portugal. Falei que não conhecia o país, mas como imaginava ser um lugar muito bonito.

"Sim, bonito, mas com muitos problemas. Quando você tem um probleminha na sua casa, por exemplo, com as janelas, não dá para chamar qualquer pedreiro. Você sempre pede indicação para um amigo que reformou a casa recentemente. Aí, vem o pedreiro, quebra sua casa toda, coloca uma janela que não é aque você pediu, demora 4 meses em vez das 3 semanas prometidas, vai embora deixando tudo sujo e manda a conta de um trabalho mal feito. Você contrata uma segunda pessoa para consertar o que o primeiro fez. Ninguém tem certificado, curso especializado nem nada. Tudo se aprende ali com a experiência, com os erros anteriores."

Mudando de asunto...

"O que mais me impressiona é a cultura. Acho uma pena que minha filha não possa fazer uma faculdade melhor porque a minha esposa não quer sair de Portugal. Isso porque os pais dela moram lá e estão mais velhinhos. Acho que eles seriam pessoas mais felizes se soubessem que os filhos tem uma vida melhor do que a que eles tiveram e que isso vai passando a cada geração. Mas infelizmente, não é assim que acontece."

Tudo isso foi feito num tom de crítica, mas me fez pensar muito sobre como nós, brasileiros, também somos um pouco assim. Não acho que exista certo ou errado, que os filhos devam ir para bem longe e esquecer os pais, até porque covenhamos que de onde ele veio um estudante universitário consegue trabalhar e pagar seu sustento sem grandes esforços e todas os velhinhos são super bem tratados pelo governo, tem plano de saúde e lares perfumados.

Mas toda essa conversa me fez refletir e acho que a gente deve mesmo é aproveitar os dois lados e achar um equilíbrio que funcione para cada um. E quem sabe algum dia nossos velhinhos também serão tão bem tratados.

Feb 27, 2008

Primavera chegando


Engraçado como nós somos realmente influenciados pelo meio em que vivemos. Em São Paulo ia estação, voltava estação e tudo parecia muito igual. Alguns dias eu ia trabalhar de vestido em julho, depois de blusa de lã em janeiro e nunca vi muito a diferença entre as estações do ano.

Por aqui temos os primeiros sinais do fim do inverno e da primavera chegando. As árvores estão cheinhas de flores, amarelas, rosas e brancas e até algumas cerejeiras começaram a florescer. Os esquilos voltaram a andar pelo jardim e já dá para sair de camiseta durante o dia.

Feb 26, 2008

Mundo moderno

Eu adoro queijo. Qualquer queijo. Cabra, parmesão, búfala, requeijão, cheddar (o de verdade, não o plástico a lá McDonalds), provolone, suíço, roquefort, azuis e amarelos.

Mas o que realmente me incomoda é queijo ralado, aquele farelento. Ele vem naquele saquinho horroroso, fica grudendo, fede a chulé e muitas vezes faz Ploft! no seu macarrão. Claro que sempre dá para comprar aqueles frescos com o ralador de manivela, mas tanto um como o outro custam caro. Eu também tentei comprar queijo ralado tipo mozzarela aqui, mas não funcionou muito e não tem um sabor tão bom.

Aí a Kraft inventou a solução para o meu problema. Ele custa baratinho e tem gosto de queijo fresquinho. Vem numa embalagem prática que pode ser reutilizada. E o ralador não suja a mão que nem o baratinho que eu tenho pra ralar cenoura, além de tirar as fatias super fininhas e gostosas. Perfeito com macarrão, salada, lasanha e pizza.


Agora só falta uma saladeira que não tenha cara de penico.

Feb 25, 2008

NYC

Como todos já sabem, eu adoro cidade grande. Infelizmente nunca fui muito de praia, não sou fã de areia nem de água salgada e muito menos ondas (quem já foi a praia comigo sabe muito bem disso). Também considero o período em Campinas a minha experiência de vida no interior. Então é meio óbvio que este post será a minha ode a New York.

Foram muitas, muitas, muitas fotos tiradas. Isso porque andamos muito, para cima, para baixo, para os lados. Também porque tivemos uma dupla sorte: pegamos a primeira nevasca da estação e dias ensolarados lindos. Então para facilitar, fiz o slideshow ao lado com as fotos. Assim dá pra ver sem fica esperando as fotos carregarem aqui no meio.

Sobre histórias também foram muitas e por isso vão em itens por dia:

*Dia 1: Neve! Mas foi tanta que as escolas pararam, os aviões pararam e até algumas empresa pararam. Eu não parei. Fiquei andando pra cima e pra baixo, fui andar pela região da Columbia University, linda! E o Central Park todo branquinho então! A noite, depois de 2h na fila do TKTs para comprar um ingresso com 50% de desconto e meus pés congelarem, fomos assitir ao Chicago. Eu não tinha visto o filme, e o Fê que viu, adorou a peça.

Depois voltamos andando (destaque para andando pois era uma caminhada de 40min e uma temperatura de -3graus) para ver a bendita fonte inglesa. Só para inglês ver mesmo. A porcaria não funcionou o fim de semana todo, porque eles projetaram uma coisa pra ficar ali no inverno mas não contaram com o frio (do inverno, DUH!). E preciso dizer que era BEM mixuruquinha.

*Dia 2: Encontramos "primos" e fomos passear no Met com direito a guia artista! A noite eu e o Fê saimos com uma amiga (e o juntado dela). Confesso que fiquei com receio, pois ela nos convidou para ir a um restaurante de comida do norte da África e minha ignorância não foi capaz de analisar o impacto disso no meu estômago. Mas foi uma maravilhosa surpresa! A comida era muito boa, o restaurante é uma portinha ali no Village, super alternativo-fashion! Sentamos em uns bancos com almofadas lindas. Tinha só um defeito: para criar o ambiente, a luz era tão escassa que eu só descobri como era nossa comida pelas fotos. Que medo, né?

*Dia 3: Sol sol sol! E sol com neve! Esse foi o dia de passeios pelo Soho, com mil lojinhas fofas, Fábrica de Chocolate, Loja de 30tipos de arroz doce (com mascarpone, hum!), quadrinhos em barraquinhas na rua! E um pôr do sol no Brooklin vendo todo o skyline de NY laranjinha. E que frio!

Esse foi mais um dia de jantar exótico. Achamos um japs ali ao lado do nosso hotel com umas boas indicações. Chegamos lá e, como não achamos no menu, perguntamos: "Onde estão os sushis?" - "Não tem aqui". Wow! Ai depois de um tempo nos acostumamos um pouco com a idéia, pedimos um sashimis e eu fiz ali mesmo umas bolinhas de arroz. A experiência foi um tanto diferente, ainda não consegui chegar a uma conclusão se ela foi boa ou não. Isso porque TODOS os garçons eram japoneses e, com meu japonês "entendo-mas-não-falo" eu percebi a diferença de tratamento com os originais e a mezzo-mezzo aqui. Os sashimis eram divinos, esperar 40min por um udon (macarrão) sem nenhum tipo de justificativa, eu achei demais.

*Dia 4: Eu fui pro Zoo antes de voltar. Para deixar a história curta, eu voltei na segunda e o Felipe na terça, então só tinha meio dia de passeio. Gente, que coisa mais fofa o urso polar tomando sol! E também vi alimentação de penguins e leoas marinhas!

E cá estou de volta. Sabia que eu ia acabar me compromentendo com o "Até terça" do post passado e acabei ignorando fuso e sono pra colocar esse post fresquinho aqui!

Feb 20, 2008

Weekend in NY


Até terça!

pré NY

Uma das fotos da capa do NYTimes chamou minha atenção.


Copiei umas partes da reportagem e eu estarei lá, entre 6pm e meia noite, pra ver essa nova fonte londrina!

"what was rising on the exact spot where the fabled tree stands every Christmas in Rockefeller Center? (...) The two London artists Tim Noble and Sue Webster seemed even more excited than the crowd as they watched two years of work and a decade-long dream finally take shape. (...) 61,000-pound fountain fashioned from steel, neon tubing and 3,390 LED bulbs. When the installation is completed for its official opening next Wednesday, it will soar 35 feet in the air."

Pô, São Pedro... Será que por aqui ele atende por outro nome, eu tô chamando pelo Santo errado e por isso só faz dia bonito quando estaremos num avião?

Feb 19, 2008

Palestra

Um dia o Fê chegou e me falou: "Precisamos ir até o fiunchounsbâbous* association para pegar nossos ingressos da palestra do Bill Gates."

Ahn??

Pois é. Stanford organizou uma palestra dele para os alunos, professores, funcionários e quem mais quisesse ir ver. De graça, a única exigência era apresentar a carteirinha e seguir os 30 procedimentos que eles entregaram numa folhinha que vinha com o ticket.

O pior é que um dos procedimentos era sobre o perigo de você tentar entrar com uma máquina fotográfica no evento. Poxa gente, eu tô na América. Não rolou esconder na bota nem nada do tipo, ainda mais considerando todas as mil ameaças da tal cartinha. Mas aí eu chego lá e eles me falam que durante os 2 primeiros minutos da sua aparição fotos seriam permitidas. Droga! Essa entre para o histórico "Foto que eu perdi".

Não entendeu? Um amigo me contou uma vez que ele leu um blog de um cara que escreve sobre as fotos que ele perdeu. Que o mais importante não é a foto em si, mas o poder de descrever uma determinada cena, um por-do-sol, um filhotinho brincalhão e qualquer coisa que ele tenha visto.

Nossa, foco, foco, o coitado do Bill ficou perdido nesse post!

A palestra foi muito legal, principalmente pela revolução que um dia ele causou no nosso mundo. Tudo nasce, cresce, evolui e morre, e hoje ele não é mais o banbanban de antigamente. Mas ele te faz pensar sobre a (r)evolução da tecnologia, sobre como ele chegou a resposta de "Por que todos nós algum dia precisaríamos de personal computers".

Faz muito sentido para mim, pois eu me lembro do primeiro computador que chegou em casa, mas imagino então para as pessoas que viram a primeira tv e o primeiro rádio. Internet? Máquina digital? E-mail? iPhone? Ele também falou sobre como chegamos nos dias de hoje em que eu e o Fê, pessoas comuns e por enquanto estudantes, sentamos para tomar café da manhã com os computadores na mesa, um virado para o outro, checando os e-mails que foram enviados nas últimas 8-9 horas, enquanto dormíamos. Por mais que eu justifique essa dependência com a existência do fuso horário entre grande parte da nossa família e amigos, quando alguém iria imaginar algo assim?

Mas pra mim o melhor da palestra é o vídeo que eles fizeram sobre Bill Gate's last day. Eu cheguei em casa e, como ele mesmo havia previsto, entrei no youtube e aqui está, para todos vcs verem também.



Ah, o que é fiunchounsbâbous*? Não sei, aqui tem associação para tudo, então tanto faz.

Feb 18, 2008

O novo tema do supermercado

E os coelhos invadem os mercados americanos.



Parece manchete de jornal, não? Vocês imaginaram um monte de coelhinhos andando pela Wall street?

Brasilian-american bday

Yesterday we went to Berkeley to celebrate Jere's birthday. Hey, why am I writing in English? Because the majority of people that are in this picture won't speak Portuguese.


We had really good pão de queijo, lots of cheese, a Japanese dish, Finish stories, brigadeiro, some caipirosca and lots of fun!

Thanks, Gi and Jere!

Feb 16, 2008

A terra das bikes

Ontem eu estava lendo o guia da California em busca de algo diferente para fazer por aqui. Achei um museu muito fofo do Charles Schultz, o criador do Snoopy, Chalie Brown e companhia. Uma pena que ele fica um pouco longe daqui, em Santa Rosa, a 150km de Palo Alto. Tudo bem, esse entrou para um dos projetos e posts futuros.

Achei uma cidade a 10min daqui que se chama Woodside. Ela é famosa pelas trilhas de bikes e também por ser uma cidadezinha de moradores muito ricos e refinados. Mas tenho que dizer que eu fui conquistada pela descrição da super bakery que tem lá e fomos ver como era.

O guia falava que se você andar rápido demais na estrada acaba passando pelo centro da cidade sem nem perceber. Realmente, tudo cabia em um quarteirão pequeno, com o mercadinho, o prédio comercial com o consultório médico e um mini-escritório de advocacia e, claro, a bakery.


Almoçamos muito bem, o Felipe um super linguine com salmão e tomate seco e eu, um sanduba de peito de frango com brie. As sobremesas também eram lindas, e você escolhia naqueles balcões de padaria. E ali almoçando a gente entendeu muito bem a descrição da cidade feita pelo guia: na mesa ao lado, um casal super chique, a moça de terninho e o cara de terno e gravata. Do outro lado, ciclistas semi-profissionais. E a gente.

Feb 15, 2008

Warriors vs Suns

Minha coisa com basquete começou quando eu estava na sexta série. As pessoas eram super duper incentivadas a praticar esportes, e este se encaixava bem no meu horário. Na oitava série eu também jogava basquete com os meninos na hora do recreio, e às vezes chegava mais cedo no colégio para jogar antes da aula a tarde. Isso evoluiu e morreu no time das bixetes da Unicamp, quando a ridícula estatura de amazona de pônei começou a fazer muita diferença, e eu já não passava por baixo das pessoas com tanta facilidade.


Nesta semana fomos a um jogo de basquete de verdade. Começa que o lugar é lindo, mega estrutura. Mesmo sentando na penúltima fileira, a vista era muito boa, como dá pra ver nas fotos. E eu não trapaceei, essa foto abaixo é um ótimo retrato da vista que a gente tinha. Mas claro que depois a câmera com mega zoom foi muito útil. Ah, isso era bem cedinho, mas o ginásio ficou lotado.


Foi um jogo super disputado, com Shaquille O'Neal (o gigante sentado de terno cor de burro quando foge) e Leandrinho Barbosa no time adversário, disputa de cada cesta, e o Golden State saiu vencedor com um placar final de 120x118.


Opa, não eram 3 times jogando não, Golden State = Warriors.

Feb 14, 2008

NASA

A [Nasa] pra mim sempre soou como uma coisa distante, algo criado numa sexta dimensão. Quando nos mudamos para cá, descobri que tínhamos entrado nessa sexta dimensão também, não só pela qualidade de vida e coisas inacreditáveis que a gente tem por aqui, mas porque uma base da Nasa fica a 14min de carro da porta de casa.

E eu descobri esses dias que o tour por lá era de graça.

Eu acho que o tour na verdade começa com a vista da estrada. Como eu estava dirigindo não tirei uma foto, mas de loooooooonge se vê um super duper angar, onde carros e até mesmo aviões parecem ridiculamente pequenos. É impressionante e, wow, assutador.

Lá dentro tem um museu muito menor do que eu imaginava. Acho que ele tem... uns 150 metros quadrados. No balcão de recepção ficam duas figuras SUPER simpáticas. O primeiro é um senhor que nos explicou um montão de coisa, até nos indicou alguns outros museus aqui na região e também passou um monte de informações. Super prestativo.


Depois, a senhora chamada Ellie fez o tour. O mais engraçado é que foi um tour para mim e minhas duas amigas. Só. Então a gente podia perguntar um monte de coisa, examinar o tempo que quisesse, olhar e até mexer em algumas coisinhas.

Eu aprendi um monte sobre as expedições, vi uma pedra lunar, uma marciana, entendi (mais ou menos, né?) o funcionamento de um tunel de vento, vi os protótipos mais doidos que sairam de idéias de origami e de Lego dos filhos. Também vimos sobre uma experiência com sapos e girinos no espaço, tudo isso observado diretamente dentro de uma cápsula de Mercúrio (o planeta) experimental.

Imaginem que os testes são feitos num avião que anda como se você estivesse em uma montanha russa, fazendo o formato de uma parábola, com quedas de 2.4km. Não a toa esse treinamento é carinhosamente conhecido como "vomit flight". Mas funciona, pois durante 37 segundos na queda não há atuação da força gravitacional.

Recomendo muito, pois está totalmente fora do circuito turístico da Califórnia, mas acho que em poucos lugares recebi um atendimento tão especial.


Essa foto não podia faltar, né?

Happy Valentine!

Feb 11, 2008

Flavor Locator

Eu acabo de publicar o post sobre as coisas absurdas da América e descubro mais uma. Eu resolvi dar uma espiadinha no site do [Ben&Jerry's], pra mim a melhor marca de sorvete que existe. Ganha de Haagen Dazs e La Basque, não tanto pelos sabores em si, mas pela capacidade de inovar nas misturas. Tudo bem que ali no freezer a gente tem um "Blueberry CheeseCake" da Haagen Dazs, mas enfim, geralmente eu compro um de cada um quando vou ao supermercado. Lembrando meu antigo post, eles custam tanto quanto Kibon (na promoção do pacotão de $9.99 por 3 potes).

Então, eu resolvi olhar esse site, pois adoro aprender coisas sobre comidas, sejam elas úteis ou não. Primeiro eu descobri que eles entregam em casa, por $55 dólares você pode ter seu potinho de sorvete devidamente transportado até a sua casa. Olha que de logística eu entendo e vi poucos produtos que tinham um frete tão desproporcional ao valor do transportado! Enfim, e se vc for fuçando esse site, tem também um "flavor locator", onde você coloca seu sabor preferido e seu cep (americano) e ele dá uma lista das lojas que vendem. Mentira, porque ontem eu fui a um dos mercados daquela lista e não tinha o Magic Brownie.

Tem também o cemitério dos sorvetes, para onde vão parar as linhas que não são mais produzidas, e até um lugar para você sugerir a sua mistura preferida. By the way, nosso atual favorito Magic Brownie tem a assinatura da banda Dave Matthews. Tá aí mais um jeitinho de vender mais sorteve, ou então mais música. Ou você acha que os americanos nóinhas fãs da banda não vão consumir o sorvete dos seus favoritos?

Tudo gigante

O post "Coisas da América" foi escrito em 10/setembro e a Lu tinha pedido por um "Coisas da America - Parte 2". Esse foi um dos principais motivos deste blog agora ter também a separação de posts por assuntos. Isso porque há várias novas observações sobre o dia-a-dia dos americanos, mas que eu acabei escrevendo em vários post separados, que podem ser encontrados agora no "American Life".

Mas voltando ao post, a coisa mais típica americana são os tamanhos exagerados de qualquer coisa. Como a Luciana mesmo disse, aquele brownie era gigantesco! E não só o brownie, mas é muito comum eu e o Felipe sairmos e dividirmos o prato. Ou então eu sempre acabo voltando para casa com um "to go package" de comida. Outro dia eu voltei com um "to go" de moccha do café da manhã!


Hoje fui comprar um sal com iodo e o menor potinho que eu encontrei tem 737g de sal. E o saco de Lays tem 367g de batata. (Se alguém tiver um pacotinho comum por aí, me fala o peso por favor?). O shampoo tem 700mL! Comparando, sei que o Seda no Brasil, que já é mais alto do que a média dos shampoos, tem 350mL. Já pensou se vc compra o shampoo errado?


Ah, eu fiz questão que a minha mão aparecesse nas fotos, para assim vocês poderem ter idéia de como as coisas são muito grandes. E o pior é que eu fui me acostumando com tudo isso e quando estava no Brasil achei o tubinho de pasta de dente digno daqueles de avião. E eu volto na mesma pergunta: com casas tão pequenas, onde vai parar tudo isso?

Feb 10, 2008

Febre Valentine's

Engraçado como por aqui sempre tem um tema no supermercado. Quando o Halloween e as abóboras acabam, levando todos os sacos gigantes de doces embora, entram os perus e molhos gravy/cranberry do Thanksgiving. Depois vem a chuvarada de decoração Natalina e, quando essa acaba, o supermercado fica todo rosa e vermelho por conta do Valentine's Day. Acho que depois desse vai vir a Páscoa com todos os seus coelhos, e ainda teremos o 4th July antes do ciclo recomeçar. Será que vão vender bandeiras também?

E o mais engraçado é que não bastam os M&M's rosas e brancos - muito estranhos! - e os corações e árvores de chocolate. Tem também guardanapos vermelhos de coração, assadeiras, pirex, pratos, taças, sacolas, TUDO vermelho e no formato de coração. Quando não é um urso segurando um coração. Como pode, num lugar onde as casas custam tão caro e os apartamentos são tão pequenos, estocar tudo isso? E já pensou se vc fez um jantar para o namorado e terminou, vai reutilizar para o próximo no ano seguinte??


Eu não resisti ao pratinho de bolo do WalMart e aos guardanapos fofos. Agora só falta escolher o cardápio do dia, pois decidimos fazer da comemoração um jantar especial em casa mesmo. Afinal, quer coisa melhor do que poder depois comemorar o nosso dia dos namorados em junho, sem lutar por uma reserva num restaurante e gastar uma bela grana?

Feb 9, 2008

Meu comercial preferido

Eu sabia que era questão de dias e alguém iria colocar no YouTube o comercial super mega fofo e hilário da BridgeStone que passou no dia do superbowl!
Mesmo que demore um pouquinho pra carregar, vale a pena.



Uf... Fon fon!

de Young & Fine Arts

Mais um sábado em San Francisco!

No domingo passado eu fiquei com um gostinho de quero mais do Palace of Fine Arts. Isso porque o Exploratorium fica ali dentro, mas com o dia meio esquisito e cinza de manhã, acabamos nem espiando muito a região. Hoje voltamos e foi indescritível! Uma manhã de sábado num jardim ensolarado, criancinhas assustando os patos do lago, árvores de cerejeiras floridas e as casinhas de 6 milhões de dólares ao redor... Quer algo melhor?

Uma vez em SF, tivemos também a idéia de conhecer o Museu de Young. Não, eu não escrevi o nome errado. Ele tem esse nome em homenagem a um de seus principais fundadores, o "Sr de Young". O que mais chama a atenção é a estrutura gigante e grotesca, a primeira vista, do museu. Ele é todo de cobre, cheio de furinhos, no meio de um parque lindo e verdinho de mais de 4km quadrados. Mas depois da visita, eu achei ele lindo, ainda mais sabendo que ele foi inteiro demolido após o terremoto de 89 e reconstruído com os bons milhões de muita gente.

Palace of Fine Arts

de Young Museum dentro do Golden Gate Park

Observatório do Museu (no reflexo do vidro dá para ver os furinhos da parede externa)

e a volta para casa pela Hwy 1, estrada que passa pela costa da California

Feb 8, 2008

Ittekimasu!

Depois de muitos e muitos anos sonhando com isso, finalmente vou conhecer a terra dos meus avôs. Tá bom, sendo extremamente detalhista, só da minha avó, pois meu bisavô já tava por aqui quando o filho nasceu, mas enfim, né?

Tudo começou com a descoberta da proximidade do Japão. São 14 horas a menos de vôo do que saindo do Brasil. Evoluiu também para a diferença de preço, juntou com a comemoração de 3 aniversários (ahn? como assim quais?) e se tornou real, com direito até a passagem já emitida. Pra alguma coisa serviram as milhas das idas e vindas!

Como não poderia ser diferente, já temos também um guia comprado na Amazon a caminho. Ou melhor, dois. Um de cidades e outro de frases úteis. Pois por mais que as pessoas digam que tem placa em inglês, na hora do vamos-ver, eu sei que não vou saber o que estou comendo.

Para isso também estou investindo umas horinhas da semana em aulas, aos poucos aprendendo a escrever e falar corretamente. Sim, pois meu japonês só serve para me comunicar com pessoas de até 5 anos de idade, suficiente para não morrer de fome, mas também para passar vergonha. Imaginem se em vez de alguém perguntar pelo toalette a pessoa te fala "Privada, por favor". E, segundo recomendações, vamos decorar os kanjis de peixe, carne, porco, banheiro feminino e masculino. Quem sabe também entrada e saída, mas esse talvez nem seja tão útil, pois por anos me confundi com o Pull&Push.


Ittekimasu = tchau para a família que fica, mas eu volto em breve!

Feb 4, 2008

Fds em SF

O fim de semana começou com uma competição de nado sincronizado, evoluiu para uma Original Brewery, continuou num italiano super baladado e divertido, virou o sábado numa balada e terminou numa maratona de museus no domingo, com direito a brownie Godiva da Cheesecake factory, uma vista linda do Union Square e de Alcatraz e um céu azul em frente ao SFMoMA!

Feb 3, 2008

Superbowl

Hoje foi o dia do superbowl. Para aqueles que não conhecem, é o maior evento esportivo dos EUA. Durante mais de 2 semanas todos os supermercados anunciavam promoções de pacotes gigantes de salgadinhos e cervejas para deixar a festa na sua casa melhor do que a do vizinho. Praticamente uma final de copa com o Brasil lutando pelo octa.

E a melhor parte desse evento são os comerciais. Considerados os minutos mais caros da televisão mundial, com índices recordes de audiência, os comerciais, por mais incrível que pareça, são os momentos mais aguardados por muita gente. Quer um por aqui? Pague US$2,7mi por 30 segundinhos na tv.

Todos podem ser assistidos num site [clique aqui], mas por algum motivo não estão disponíveis para serem adicionados ao meu blog. Confesso que durante todo o jogo eu estava passeando por museus em SF (fica para um próximo post), mas YouTube serve pra isso, né?

Feb 1, 2008

O banheiro

As pessoas vivem reclamando quando eu não escrevo no blog. Geralmente são pessoas que não tem um blog! Isso porque tudo depende de inspiração e de fatos legais acontecendo. E engraçado que os dois sempre acontecem juntos e eu acabo escrevendo mais de um post por vez. Acho que vou começar a somente salvá-los e publicar num outro dia, assim fica um fluxo contínuo de informações!

Bom, mas agora escrevo sobre nosso banheiro. Num dia de faxina, percebi que a parede atrás da privada estava úmida. E caiu um pedacinho dela. Nada grave, mas chamamos o fix-it. Ontem veio um cara e, quando voltei para casa, ele tinha ido embora, o banheiro estava uma bagunça e sujo. Achamos estranho e chamamos o fix-it de novo.

Por uma falta de comunicação entre nós e administração das moradias, não sabíamos que o buraco era mais fundo. Eles voltaram hoje de manhã - nós de pijama tomando café - e avisaram que durante uma semana teremos de 3 a 5 pessoas entrando e saindo da nossa casa, quebrando e empoeirando tudo. Mas que eles garantem que sempre ao final do dia teremos uma privada disponível.


Será?

Cantor Art Museum

Aqui dentro do campus, como uma vez falei, tem um museu com o maior acervo de Rodin's fora da França (inclusive um pensador ali, só pra gente). E ontem o nosso prédio organizou um jantar no Café desse museu. Nos encontramos às 18h30 lá, passeamos por meia hora e depois jantamos juntos. Eu já tinha ido a esse museu, mas o Felipe não conhecia. Ele é lindo, e a cada vez que eu vou vejo algo novo. O que chamou a minha atenção ontem não foram todos os Rodin's - tô ficando até acostumada com eles - mas essa estátua linda. Espero que dê para ver, na foto tirada com meu celular, todos os mini-budas na base. E também que dê para ver que muitos estão decapitados. Isso não necessariamente porque essa peça foi encontrada assim, mas muitas peças do museu estão quebradas por causa do terremoto de 1906.
Ah, e a entrada do museu é de graça!